12.2.07

Contarei sua história muito tempo depois de você desaparecer

Aristóteles, nascido em Estagira em 384 a. C., era filho do médico Nicômaco. Seu pai tratava do rei macedônio Amintas, avô de Alexandre, o Grande.

Aos 16 ou 17 anos, foi estudar na Academia de Platâo, apesar do aviso que havia na porta dessa escola: " Só adentre quem souber Geometria".

Mais tarde, saiu da academia e foi preceptor de Alexandre, o Grande.

De volta a Atenas, criou sua própria escola no Monte Licínio, que ficou conhecida como Liceu. Lá, ensinava aos discípulos, caminhando ao ar livre ou sob as árvores do monte. Seus alunos foram alcunhados de peripatéticos (os que passeiam).

Para os alunos da escola, havia a divulgação do conhecimento esotérico (modernamente seriam as monografias, teses, papers).

E para o público em geral, havia a divulgação do conhecimento exotérico (modernamente seriam as revistas de divulgação científica).

Por problemas políticos, abandonou sua escola em 323 a. C. e faleceu um ano depois.

Roma locuta, causa finita est.

Roma falou, a causa está terminada.

Os argumentos de autoridade devem servir como ponto de partida das discussões. As opiniões de doutores, de especialistas, de pessoas com muita experiência são úteis demais para formarmos nossas primeiras impressões sobre matéria nova. Ao contemplarmos um novo problema, de imediato, podemos consultar autoridades no assunto. Enfeitamos nossas premissas com essas consultas e, por dialética ou por silogismo, avançamos o cálculo de predicados.

Exemplo de cálculo de predicados:

  • Todo homem é mortal.
  • Sócrates é homem.
  • Logo, Sócrates é mortal.

Infelizmente, por despreparo intelectual, muitos são levados e mantidos em erro por um argumento falacioso chamado de " falácia de autoridade".Essa falácia engana nosso juízo com a seguinte fórmula sugestiva:

" A explicação/o procedimento para tal situação só pode ser assim , já que essa é a opinião do doutor Tal. Além disso, ele sabe o que diz e, se não estivesse correto, não estaria onde hoje está! E quem é você para opinar o contrário?"

Essa fórmula carrega o conceito de autoridade e o conceito de "instância infalível". E é tão poderosa, que a pessoa nem raciocina mais. Ela fica convencida por um argumento aparentemente irresistível.

Portanto e por amor à verdade, peço ao leitor que faça o bom uso dos argumentos de autoridade. Use-os no início das discussões e não com o objetivo de encerrá-las.